Finta Curta #8



Isto está bonito, está! A cada dia que passa, mais opiniões surgem, mais apoios, mais divergências... e mais confuso eu fico... estou a falar das eleições no Sporting, claro!
Ora vamos lá dissecar os últimos dias...
Soares Franco continuava a sua "caminhada triunfal", reunia com os outros dois Grupos Organizados de Apoio, aglomerava aqui e ali, apoios importantes, parecendo olhar lá de cima, "o povo", que se batia por uma oportunidade de "audiência". Conseguia mesmo pôr a imprensa a falar em nomes como Ribeiro Telles, José Eduardo Bettencourt e Rogério Alves (este último confirmado). Aparecia Luís Duque a apelar ao silêncio e à contenção - um cenário completamente favorável a Filipe Soares Franco, que assim poderia continuar a trabalhar sem preocupação - enquanto os Sócios mais descontentes, clamavam por uma oposição mais activa. Dias Ferreira ia falando de vez em quando n' "O Dia Seguinte" mas era manifestamente pouco.
Perante tal realidade, eu, e se calhar muitos como eu, nem hesitariam em quem votar. Era como se não existisse oposição - votaria no único projecto até agora apresentado.

Mas o dia de hoje, inesperadamente, ou talvez não, trouxe um enorme revés para Filipe Soares Franco e o seu staff eleitoral. Foi o dia escolhido para Dias da Cunha abrir o livro. E que livro! Numa excelente entrevista - e eu a pensar que Dias da Cunha andava com uma enorme falta de lucidez - o verdadeiro sucessor de José Roquette, opôs-se completamente a Soares Franco. Para ele, a venda de património é um "tremendo disparate" e não compreende o que mudou de Outubro para cá, quando se conseguiu um "acordo extraordinário" para resolver o problema do Alvaláxia. Mais, segundo o próprio, uma equipa constituída por elementos de dois gigantes bancários e do Sporting, estudou a fundo o Clube durante um ano, e chegou à conclusão que "o Sporting tinha capacidade de libertar, nesse período alargado (dez anos), os meios financeiros necessários para pagar a sua dívida", provando-o o mesmo aos bancos que suportariam tal operação. Dias da Cunha vai mais fundo, apontando o dedo às mentiras "que as contas consolidadas para 2005/2006 têm, relativamente àquilo que foi acertado com os bancos, um grande desvio e que isso cria uma situação de tesouraria complicada; e que do acordo com os bancos resulta o compromisso de vender a sede e vender Alvaláxia."
E agora? Que ilações tirar daqui? Se fosse hoje, eu, e se calhar muitos como eu, já não saberiam novamente em quem votar. Mas hoje não votava em Soares Franco. Principalmente se ele não se vier explicar a público. É que ainda por cima dá toda a ideia que Dias da Cunha sabe muito mais do que o que conta.

Por falar em contas, para baralhar ainda mais as minhas, alguém que eu tinha em muito boa conta, veio dar uma entrevista completamente despropositada, numa altura em que muita gente pedia a sua intervenção. Esperava-se era outro tipo de intervenção. Falo claro, de João Rocha. É que a sua entrevista foi só... falar mal de José Roquette. E as questões pessoais tratam-se noutro sítio. Fiquei, pessoalmente, desiludido. Agora claro, surgem cada vez mais quezílias, acusações mútuas sobre assuntos que nada interessam ao Sporting (a não ser o do Conselho Leonino)... o Sporting não precisava disto.

Estranha-se, por fim, o silêncio de Telles e Bettencourt, diariamente apontados pela imprensa como comprometidos com Soares Franco. Para mim serão estes, os pesos desequilibradores da balança. Se Soares Franco não os tiver como aliados, para mim, dificilmente ganhará as eleições. Mas também não vislumbro nenhuma candidatura de peso para ganhar. Daí a minha confusão. E se calhar, a de muitos como eu!

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