Geral - Sporting 1 Marítimo 1


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Local: Estádio José Alvalade
Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: José Cardinal e José Carlos Santos
Golos: Romagnoli (8m); Fahel (43m)

Noite de festa em Alvalade, noite de concentração de Núcleos Sportinguistas, com mais de 30000 leões a puxar pela equipa, noite de azar e frustração. Arrisco-me a dizer que foi a melhor exibição do Sporting, esta época, mas mesmo assim, não chegou para levar de vencida o Marítimo.
O Sporting apresentou-se em campo com o mesmo 11 que defrontou o Belenenses: Ricardo, Abel, Tonel, Polga, Caneira, Custódio, Moutinho, Martins, Romagnoli, Sá Pinto e Liedson. E começou bem o jogo, para a equipa verde e branca. Rápida circulação de bola, pressão alta, inspiração de Liedson, raça de Sá Pinto (como muito bem analisou Bonamigo, técnico do Marítimo, rápido nas movimentações iniciais, ora fugindo para o meio-campo, ora fazendo de segundo ponta-de-lança ao lado de Liedson) e precisão de Martins e Romagnoli. A mostrar quem manda, no reino do Leão. Não custava muito a adivinhar, portanto, o golo do Sporting, aos 8m de jogo por "El Pipi" Romagnoli, numa enorme jogada de Liedson, a assistir o argentino.
Por volta dos 25m de jogo, já depois de o Sporting ter criado umas tantas oportunidades, e de Sá Pinto ter falhado um golo infantil, a equipa abrandou, proporcionando mais equilíbrio ao Marítimo, que até aqui não tinha criado qualquer perigo, mas nunca deixando de dominar o jogo. Porém, completamente contra a corrente do jogo, surge o golo do Marítimo, mesmo antes do apito para o recolher aos balneários. Cruzamento de Marcinho, muito traiçoeiro, defesa apertadíssima de Ricardo para o ar, e depois, no meio de 4(!!! + os 2 que estavam no segundo poste) defesas do Sporting, Van der Gaag cabeceia e Fahel marca em bicicleta na pequena área. Um lance infantil da defesa do Sporting que marcou o jogo...
O Sporting reatou a partida, após intervalo, acusando o golo do adversário, e mostrando muito nervosismo para dar a volta ao resultado como se impunha. Os pontapés para a frente eram constantes. Paulo Bento mexe e faz entrar Nani para o lugar de Romagnoli. No entanto, o momento do jogo (o tal que impulsionou a equipa) viria aos 63m. Sá Pinto, numa disputa de bola normalíssima, comete o pecado (deveria ter previsto que à mínima oportunidade haveria apitadela) de encostar o braço em Kanu, que, certamente alertado pelo o circo a que estávamos a assistir, se atirou despropositadamente para o chão. Penalty, que Ricardo justiceiramente defendeu (ainda que lesionado, por uma entrada extemporânea de Zé Carlos, ainda na primeira parte).
A equipa motivou-se, Alvalade puxava, e a partir daí só deu Sporting. Bento fez entrar Deivid e João Alves, que vieram refrescar o sector ofensivo da equipa (ainda que Alves, para mim, continue muito abaixo daquilo que pode fazer). Liedson falhou mais um golo certo e Marcos defendeu miraculosamente um cabeceamento de Sá Pinto no último minuto. Pelo meio, um livre indirecto da área, falhado por João Alves (bateu em Liedson). O Sporting perdeu mais 2 pontos na corrida para o título, em vésperas de visitar o Benfica, mas foi bastante penalizado durante os 90m, quer pelas oportunidades desperdiçadas, quer pelo trio do apito (dourado ou avermelhado?).

Rui Costa (será do nome?) fez um jogo miserável (como diria Paulo Bento, manhoso). Não apitou metade das faltas do Marítimo, tirou foras-de-jogo impressionantes, inventou um penalty, e deixou passar em claro uma agressão de Souza a Carlos Martins. No fim, tentou redimir-se com um livre indirecto mal assinalado. Até quando continuará isto?

O Sporting fez uma exibição de luxo (principalmente na 1ª parte e nos últimos 25m da 2ª) pelo que o empate tem um enorme sabor a frustração. Destaques para Caneira e Abel (que exibições!!! - a de Abel, para mim, só manchada pelo golo, pois tenta fazer a mancha a Ricardo, correndo para a baliza quando este já está de pé, em vez de impedir Fahel de fazer a bicicleta), para Ricardo, Carlos Martins, Romagnoli e... Liedson!!! Meu Deus, Liedson, porque jogas tanto? (Srs. da SAD, custava muito terem acelerado o processo de renovação há mais tempo?) Jogou com uma alegria que há muito não se via, o brasileiro.

Para finalizar, uma só reflexão... falando em manha, houve um palhaço que tentou roubar o protagonismo ao principal, o do apito. Entrando pelas nossas casas dentro, juntamente com o som ambiente do Estádio, essa figura continua a dizer as barbaridades que bem lhe apetece, sem nenhum tipo de dó ou piedade para com os telespectadores... porquê tanto ódio? Será que um dia esse ódio todo, não virá a gerar mais ódio no sentido inverso?

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