Geral - Braga 3 Sporting 2


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Local: Estádio Municipal de Braga
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Assistentes: Paulo Januário e José Luís Melo
Golos: Wender(32m e 78m) e João Tomás (36m); Liedson(69m e 73m)

Grande jogo de futebol em Braga, emotivo, entusiasmante, incerteza no marcador... pena o resultado, como diz Paulo Bento, ter sido assim... injusto.
O Sporting iniciou a partida com um 11 que, dentro das enormes limitações provocadas por factores externos e pontuais, só peca, para mim (e porque a análise é meramente pessoal) em duas coisas: Martins tinha de jogar de início - faltando Sá Pinto e encostando Moutinho à direita, não há quem faça as transições defesa-ataque; Miguel Garcia curto demais para ser lateral direito - tendo ido buscar Abel, não teria sido este a melhor opção?
O Sporting iniciou bem a partida, tal como o Braga. As duas equipas encaixaram bem uma na outra e, até ao momento do golo, o jogo estava a ser equilibrado. O Sporting não tinha tido um lance claro de golo até lá, é certo, mas já tinha posto Paulo Santos em sentido, quer com um cabeceamento de Liedson, quer com um remate de fora da área de Custódio. O Braga vinha criando perigo principalmente pelas alas, mas, repito, o golo veio quebrar a justiça do resultado. A partir daí foi o desnorte na equipa leonina. A defesa parecia manteiga e só Caneira disfarçava as enormes dificuldades dos seus companheiros, rubricando uma exibição de grande classe. Faltava quem fizesse a transição Custódio-ataque. Moutinho, encostado à direita, tinha bons pormenores quando fugia para o meio, lugar onde estava(?)... João Alves. Este, trocava bem a bola e complementava Garcia quando se encostava à direita, lugar onde estava(?)... Moutinho. Douala estava desaparecido e Nani completamente perdido atrás de Liedson, nunca se percebendo bem onde é que ele estava a jogar. Era urgente o intervalo. O pior, é que antes do intervalo veio João Tomás, numa galopada fulgurante a fazer o 2-0. O jogo parecia perdido.
Paulo Bento mexeu e a equipa veio do balneário com duas alterações: Tomané entrou em vez de João Alves e Carlos Martins tomou o lugar no 11 de Custódio (para mim, a par de Caneira, o melhor na primeira metade).
A desorientação parecia continuar instalada nos primeiros 1om da segunda parte, mas a partir daí Martins tomou as rédeas do jogo e embalou a equipa, com a ajuda preciosa de Liedson, para uma recuperação fantástica. O golo surgiu de canto, mas já se notava muito mais Sporting. A partir do 2-1, o Braga tremeu bastante e rapidamente se adivinhava o 2-2. Liedson não se fez rogado e empatou a partida. Se os arsenalistas tremiam, agora desmoronavam e a equipa verde-e-branca passava a defesa como queria. Tomané, que fez uns bons 45m (temos miúdo!), falhou dois golos certos, e aos 78m deixou Wender passear-se pela área e marcar como quis o terceiro golo. Era o preço da juventude. O Sporting tentou replicar, já com David Caiado, outro jovem leão, mas o Braga fechou-se, e segurou a vantagem mínima.
Sem qualquer tipo de favor, gostei da exibição do Sporting e achei o resultado injusto, na medida em que só no fim da primeira para (últimos 10m) e início da segunda (primeiros 10m) houve domínio claro. Se antes estava equilibrado, depois só deu Sporting.
Mas deve haver uma reflexão profunda sobre o que levou, para mim, à derrota e a uma possível diferença de 10 pontos para o FC Porto. Profissionais do Sporting, na véspera de um jogo tão importante como este, não podem ser protagonistas nas novelas que ano após ano acontecem. Regressa, não regressa, onde está, porque não vem. A estrutura directiva profissional do Sporting tem culpa e tem de tomar medidas urgentes, porque é assim que se perdem campeonatos.
Nota final para a boa estreia dos júniores, principalmente Tomané, e para a coragem de Paulo Bento. Grande treinador.
Liedson, Martins e num patamar abaixo, Caneira e Custódio foram os melhores do Sporting.

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