Finta Curta #4



Saudações Leoninas! Soares Franco, actual presidente do Sporting deu uma entrevista de grande qualidade à SIC Notícias, na última quinta-feira. Discurso correcto, moderado, realista, pouco apaixonado... nela, Soares Franco anunciou a sua candidatura (que hoje José Roquette veio publicamente apoiar) e discursou, no primeiro acto não oficial de campanha, para a nação Sportinguista.

Soares Franco até me conseguiu convencer da necessidade de alienação de património: se parte do orçamento da época é para pagar juros à banca, de empreendimentos que só por si, não são capazes de dar lucro, então o mais sensato é vendê-los (como qualquer comum cidadão faria com um investimento imobiliário), para gerar capital. Só não percebo como é que isto não foi previsto aquando da concepção do Projecto. Mais, se o edifício era para vender (ou mesmo para rentabilizar, alugando quase todos os andares), porquê fazer dele a Sede do Sporting Clube de Portugal, e baptizá-lo com o nome do grande Patrono da instituição? Se o centro comercial era para rentabilizar e dar dinheiro ao clube, porque é que 75 ou 80% da área explorada é restauração? É que assim realmente, só a é possível encher em dias de jogos... e porquê, em vez de um centro comercial, não ter sido feito um pavilhão para as amadoras? É que agora (se passar na AG), do Clube, nem centro comercial, nem pavilhão.

Por falar em amadoras, outra parte do projecto do actual Presidente, é reduzir as modalidades profissionais do Sporting para três, passando uma delas (futsal ou andebol, já que o atletismo deverá continuar profissional) para amadora. Por mim, como Sócio, nada contra, desde que a modalidade não acabe mesmo. Se a modalidade não é auto-suficiente, é normal que tenha de se encontrar uma solução... se ela passar por acabar com salários profissionais, passando o Clube a jogar com a prata da casa, não vejo onde é que isto é acabar com o ecletismo do Sporting. Mais, acho que pode em muito reforçar o espírito e o lema do Clube, já que quem jogar, jogará com amor à camisola.

A venda das acções também posso digerir normalmente, desde de que o Clube assegure realmente os 50% da SAD.

O meu medo é quando as soluções acabarem... quando não houver mais sítio onde ir buscar as tais receitas extraordinárias, que ano após ano, ouvimos como "vitais"... se o Projecto Roquette falir...
Teremos que vender a nossa alma a algum "Diabovich"?

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